sábado, 10 de julho de 2010

Sem Medo de Amar

"No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor" (1 João 4:18).

Conta-se que um pássaro desconhecido levou certa criança para o topo de uma montanha íngreme. Sozinha e carecendo de socorro, a menina chorava. Pessoas comuns que passavam por aquele lugar, resolveram ajudar.

Após tentativas sem sucesso, por parte dos populares, os mesmos resolveram chamar a polícia. O laudo de avaliação do 1º Sargento atestou: "-É muito arriscado! Não podemos salvá-la. Mas... por que vocês não chamam o Corpo de Bombeiros"?

O muro de curiosos abriu-se como uma porta para que os bombeiros entrassem. Minutos se passaram... horas... e nada. O terror no rosto dos oficiais revelava a dificuldade. A ansiedade e o roer de unhas das pessoas, mostravam a descrença. Os berros da criança eram o resultado disso tudo. Até que um estampido de sinceridade ecoa no ar: "-Não podemos fazer nada"! - disse o chefe da guarnição.

Enquanto isso, alguém parecida ignorar os riscos e os laudos; desafiar o medo e a opinião popular. Um desconhecido avançou rapidamente em direção à menina. Parecia indomável. Como por milagre, ele escalou rapidamente a montanha até atingir o ponto mais alto, onde estava a menina. Como um herói televisivo, segurou a criança num dos braços e escalou de volta.

Em terra firme, o benfeitor foi entrevistado. Os repórteres das montanhas queriam saber: "-Quem é você"? Espantosa, não menos que a realização, foi a resposta. Ele disse: "-Eu sou o pai da criança". e completou: "-Amo essa menina como à minha própria vida"! Nesse momento, a brisa suave das colinas veio brindar a vitória da esperança sobre a descrença, da fé sobre a incredulidade. O amor havia lançado fora o medo da morte e arriscado a vida, pois o amor é forte como a morte (Cantares 8:6).

O medo do véu sombrio da morte poderia ser pretexto para alguém. Não para Jesus. O amor pelos que estavam em apuros foi razão dEle ter escolhido morrer (João 3:16). A indiferença cria desculpas; o amor gera motivos. O pretexto do sofrimento não seria o suficiente para desencorajá-lo. Mas o amor o motivou a entregar-se. E Ele assim fez.

Onde há amor, não existe espaço para o medo, uma vez que o medo é expulso pelo verdadeiro amor (1 João 4:18). O medo da decepção amorosa não atormentava o Mestre. Diante das hipóteses de jogar a toalhinha - escolhendo ficar para sempre longe de nós, e render-se ao temor; ou encará-lo, e viver eternamente em nossa companhia, Jesus escolheu a segunda opção (1 Timóteo 1:14).

Se o nosso caso é o da criança presa ao monte de medos, temos uma garantia. Se os laudos são desfavoráveis, ainda há chance. Se os nossos temores se tornaram amontoados de ladeiras nos caminhos íngremes da vida, há uma saída. Alguém, não por acaso, há dois mil anos, subiu a montanha mais dolorosa: o Gólgota (Montanha da Caveira). Trilhou o caminho mais difícil, enfrentou o maior desapoio popular, e sofreu o pior dos castigos. Sabe por quê? O amor ao dono do rosto que vemos no espelho é a resposta.

O medo de amar não estava entre os verbetes de Jesus (2 Tessalonicenses 2:16; Apocalipse 1:5). E não deve constar em nosso dicionário. Os gritos de alguém que clama são capazes de alcançar os ouvidos do Criador. Já ouço sons... Creio não ser de pessoas murmurando ou de laudos desanimadores. Parece o resgate! Olhe no lado certo e veja: Jesus está caminhando em sua direção. Ele tem um objetivo. O Salvador veio provar que não tem medo de mostrar o quanto ama você!

www.gloriosaesperanca.blogspot.com

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