Estamos vivendo a proximidade do final de mais um ano e, com ele, a chegada das festas natalinas. Como sempre, o comércio está agitado: a maioria das pessoas, envolvidas pelas campanhas publicitárias sobre as ofertas de Natal, saem avidamente às compras, cumprindo cegamente o ritual consumista de final de ano e esquecidas do verdadeiro sentido do Natal e o que ele representa para nossas vidas.
Natal não tem nada a ver com Papai Noel, guirlandas, bengalinhas de açúcar, etc. Também não tem nada a ver com troca de presentes, ainda que seja um gesto agradável. E muito menos ainda tem a ver com banquetes festivos regados a muita bebida alcoólica. Não! O Natal é Cristo.
É verdade que a data do nascimento de Cristo não é 25 de dezembro, já que Jesus deve ter nascido numa noite de primavera ou, mais provavelmente, numa noite de verão, já que o texto bíblico nos informa que, na noite de Seu nascimento, os pastores estavam com as ovelhas no campo (Lucas 2.8), o que não seria possível em dezembro, que é período de inverno no Oriente Médio. A data de 25 de dezembro para celebrar o Natal foi estabelecida pela Igreja Católica no quarto século d.C., com o objetivo de substituir as festas de final de ano pagãs do romanismo, que ocorriam em dezembro, por uma celebração cristã, voltada para Cristo.
Logo, surge a pergunta: “É correto, então, celebrarmos o Natal?”. Mesmo não sendo 25 de dezembro a data exata do nascimento de Cristo, comemorar o nascimento de Jesus de forma especial em uma data é válido. Alguns cristãos preferem não comemorar a data, não por não considerarem o nascimento de Cristo algo importante, mas por frisarem o fato de que, à luz da Bíblia, todos os dias devem ser dias de celebrar Jesus. Já outros cristãos reconhecem o mesmo, mas, além de agradecerem a Deus todos os dias por ter enviado Seu Filho Jesus, também celebram o nascimento de Cristo de forma especial em uma data específica. Como disse o apóstolo Paulo, “um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias; cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente” (Romanos 14.15).
O Natal é uma oportunidade de celebrarmos de forma especial este importante acontecimento, que foi a encarnação de Jesus, Deus que se fez carne por nós. É um culto de gratidão a Deus pela Vinda de Cristo. É também uma oportunidade de evangelização, isto é, de convidar as pessoas não-crentes a participarem de reuniões especiais onde ouvirão a mensagem da Palavra de Deus sobre as implicações e a importância do nascimento de Cristo. Inclusive, algumas igrejas, como já é de costume, preparam até cantatas natalinas e dramatizações para evangelizar de forma específica nesse período em que as pessoas estão mais sensíveis para a mensagem do Natal.
Fato é que se o Natal for celebrado, ele deve ser celebrado corretamente. Natal não tem nada a ver com Papai Noel, duendes, renas que voam, carruagens cheias de presentes, meias coloridas penduradas ou coisas parecidas. Papai Noel é uma invenção comercial, é a exploração da lenda de um monge medieval chamado Nicolau, que levantava ofertas durante o ano para comprar presentes para dar na noite de Natal às crianças de um orfanato. Em cima dessa lenda, a empresa de bebidas Coca-Cola criou criou, no início do século 20, o personagem Papai Noel e todos os outros personagens a ele associados, e que não têm absolutamente nada a ver com o Natal, mas que, infelizmente, acabam tomando o lugar de Jesus no coração, sobretudo, das crianças.
Natal é a celebração do maior presente de todos os tempos: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória” (João 1.14). Jesus é Deus encarnado, Deus feito homem, que encarnou para, além de nos dar o exemplo de como devemos viver, morrer na cruz em nosso lugar, para remissão de nossos pecados. Essa foi a principal razão de Sua Vinda.
A Bíblia diz que Deus nos ama muito, mas nossos pecados nos afastam de Deus: “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59.2).
Exatamente porque “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23), não somos merecedores da comunhão com Deus e da vida eterna. Porém, a Bíblia também afirma que porque Deus nos ama tanto que providenciou a nossa Salvação. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23a), mas Deus deu o Seu único Filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar. Jesus levou sobre si mesmo o castigo pelos nossos pecados, a fim de que tivéssemos direito à comunhão com Deus e à vida eterna com Ele. A Bíblia declara que Jesus foi “ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas suas feridas fomos sarados” (Is 53.5). E o próprio Jesus declara que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Portanto, se você aceitar Jesus Cristo como o seu único e suficiente Salvador, aceitando o sacrifício dEle na cruz do Calvário em seu favor e entregando sua vida totalmente a Ele, a Bíblia afirma que os seus pecados serão imediatamente perdoados e você terá a certeza da presença de Deus em todos os momentos de sua vida aqui na Terra, conduzindo-o e ajudando-o em tudo, além da garantia de viver para sempre com Deus na eternidade. A Bíblia declara: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23b).
Se você que nos lê ainda não aceitou Jesus, então o que está esperando? Aceite Jesus como seu Senhor e Salvador agora mesmo! Ele morreu na cruz do Calvário por causa dos seus pecados e ainda ressuscitou ao terceiro dia, vencendo a morte para garantir a vida eterna a você e dar um real significado à vida. Esta é a sua oportunidade! Não a desperdice! Cristo é a única esperança. NEle está o sentido da vida.
Matéria publicada no Mensageiro da Paz - Número 1519 - Página 25 - Dezembro de 2011, CPAD
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