
“-Morte!”. Essa era a sentença unânime proferida pelos súditos de Tibério César. E, no caminho para a tortura final, ninguém ousava fazer nada
Uma nova chance? Impossível, “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23a). E ele sabia que era culpado o suficiente para enfrentar a cadeira elétrica, o enforcamento, ou, no caso, a crucificação.
Ele está sendo ferido, e resolve ferir. Está sendo xingado, e quer retaliar. Vê que existem mais dois cumprindo a mesma sentença. Ele e o da outra extremidade resolvem insultar o do meio (Mt 27.44).
De repente, um brado de amor ecoa no espaço e abala o universo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34a). Perdão?! Isso é tudo que o sentenciado precisa ouvir.
O malfeitor, num sacrifício insuportável, se esforça para saber o autor de tamanha misericórdia. Qual não foi a surpresa: ele vê que é exatamente aquele por ele insultado, um tal de JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.
Pela primeira vez na vida, alguém o perdoou.
Mas o ladrão ainda quis mais. Repreendeu o outro insultador (v.39,40) e arriscou: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino” (v.42). Mesmo sem merecer qualquer tipo de misericórdia, faz a última tentativa.
O REI DOS JUDEUS (Lucas 23.38) concederia esse último desejo? Pode apostar que Pôncio Pilatos ficaria indiferente, Tibério César não moveria uma palha. Ninguém faria nada por ele.
E Jesus? Qual não foi a admiração, quando numa miserável dor, Jesus rompeu os paradigmas sociais e afirmou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (v.43). E o que mais impressiona: sem precisar de purgatório, reencarnações, penitências...
Aquele criminoso viu mais uma vez a luz raiar e, dessa vez, no fim do túnel. Afinal, ele ia morar com Jesus, promessa alcançada no último instante de vida.
Dá pra entender um negócio desses? Ninguém o perdoou, mas Jesus não negou o Seu perdão. Ninguém quer ser amigo de um ladrão, mas Jesus o levou para morar na Sua casa (Paraíso). Bastou que ele se arrependesse (v.40,41) e pedisse perdão (v.42).
Esse mesmo Jesus está disposto a perdoar todos quanto precisarem. Basta se arrepender e pedir-lhe uma chance. Assim, o negro túnel dará espaço a um facho de luz capaz de estampar um sorriso de “Ufa! Por um triz”.