quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Todos os Dias

“E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mateus 28:20b)



O filho do único caçador de uma aldeia gostava muito de estar com o seu pai. Destemido, ousado e rápido, o caçador afastava do garoto qualquer situação que lhe oferecesse risco aparente. Sem companhia do pai, seria muito difícil caminhar na perigosa floresta. Sem aquela proteção tornaria-se impossível voltar para casa vivo.



O menino foi crescendo e precisou estudar. Nos primeiros dias, o velho e experiente caçador o acompanhava pela mata fechada até o portão da escola. Com o passar do tempo, o rapazinho passou a ir sozinho. Com a prática, já fazia todo o percurso sem perceber a falta do pai.



Um certo dia ocorreu o temível. Sobreveio a calamidade. Todos os temores de anos atrás se concretizaram em um grande urso bem à frente do rapaz. Ele desejou a presença de seu pai ali. Enquanto isso, a criatura de uns dois metros de altura avançava rapidamente em direção à presa, até que o estampido da arma do pai caçador fez o bicho tombar.



O lobo no caminho da Chapeuzinho Vermelho e dos três porquinhos. A rainha malvada na trilha da Bela. O urso no itinerário do jovem da nossa história. O adversário rodeando os primeiros crentes. A preocupação no caminho dos doze discípulos de Jesus. Ter que enfrentar o mundo sem Jesus não seria nenhum conto de fadas para aquela dúzia de homens inseguros.



- “O que será de nós sem o Senhor por perto”? – Interrogaram.



- “Mas eu não ficarei longe dos meus filhos. Estarei convosco para sempre”! – Foi a resposta.



“E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” [grifo nosso]



Nem sempre ficar sem ver Jesus significa ficar longe dele. Quando pensamos que Deus está distante, ainda assim podemos tocá-lo. Ele nunca está longe o suficiente para não ser alcançado. Caso não o percebamos, isso não significa que não esteja por perto. Assim, jamais poderemos ir para um lugar onde a Sua misericórdia não possa atingir-nos. “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós (Atos 17:27). [grifo nosso]



A Bíblia está recheada de provas da companhia divina nos instantes mais difíceis. Ele entrou com seu filho Daniel na cova dos leões. Com os três jovens na fornalha. Com Josafá na guerra. Com Mardoqueu na peleja. Com José no Egito. Com Israel no deserto. E com o rapaz no caminho das feras. “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos (Malaquias 3:6). Ele esteve com os fiéis do passado longínquo.



O Senhor foi encarcerado com Paulo e Silas. Foi companheiro de cela de Pedro. Falsamente acusado com Estevão. Deportado com João para a ilha de Patmos. Também perseguido com os primeiros cristãos. O escritor aos hebreus nos garante que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). Ele esteve com os fiéis do passado mais recente.



Jesus também está com os fiéis contemporâneos. Somos filhos de Deus: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gálatas 3:26). Ainda que estejamos aparentemente sozinhos na estrada para o céu, existe um general bem ao lado. Talvez você não O veja, mas durma com Ele. Convide-o para passear pelas ruas. Tenha-o como companheiro de trabalho. Aceite-o como colega de classe. Almoce e jante com Ele. Receba-o como Pai (Tiago 1:17).



O caminho para o céu é longo (Hebreus 12:22). A caminhada oferece alguns riscos e desafios. Existem rumores de gigantes por entre as árvores e ameaças nas montanhas. O Adversário pode está entre elas. Ele pode até estar vindo na sua direção.



Não se preocupe. Não se aflija.



Espere o tiro certeiro que o deterá!



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domingo, 16 de janeiro de 2011

Solução na Cruz


Há dois mil anos, o Verbo [Deus] se fez carne [humano] e habitou entre nós [terra] (João 1:1,14). O anjo anunciou o seu nascimento: “E ela dará à luz um filho”. Também prescreveu como o chamariam: “e lhe porás o nome de JESUS”; e indicou sua missão: “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21).


JESUS significa SALVADOR no hebraico. E, para ostentar o título de Salvador e o propósito para o qual foi enviado, Jesus precisou subir numa cruz (Colossences 1:20).


Espere um pouco: subir numa cruz? Melhor seria subir no trono, no palco ou no gabinete! Não estamos diante do Salvador do mundo? Do substituto do trono de Herodes? Do revolucionário que fará uma reforma política em Jerusalém? Do mais novo líder da mais nova religião? Ora, não estamos nos referindo Àquele que alimentou multidões famintas, curou vários doentes, ressuscitou mortos e perdoou pecadores?


“Haveria destino mais cruel que a morte! Jesus, você pode esquecer esta parte: o Senhor não precisa morrer” – resmungou um dos discípulos no dia da revelação (Mateus 16:22). Por que Deus permitiria tamanha crueldade? Como Deus faria surgir algo bom desse sofrimento? Como ter esperança em meio a tanta agonia? - Resmungamos nós todos os dias.


A cruz nunca foi vista com bons olhos pelos seguidores do Mestre. Nem por nós. Rude demais para ostentar o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (I Timóteo 6:15; Apocalipse 19:16); Vulnerável ao extremo para ser o quartel general daquEle que implantaria o Reino de Deus (Marcos 1:14). Insuficiente para indicar triunfo. Fútil demais para inspirar.


Até os inimigos pensavam assim:


“O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam” (Marcos 15:32). Ninguém o viu fazê-lo para que tivesse esperança. Até os ladrões crucificados com Ele o humilhavam. Aparentemente, a cruz era o fracasso do Filho de Deus.


Apenas aparência. Na realidade, ela é a resposta. Ela resolve todas as questões. Ela tira todas as dúvidas. Ela mostra que há possibilidade de triunfo em meio ao fracasso. Jesus subiu no madeiro apenas para fazer descer do céu a solução. E, uma vez emanada da cruz de Cristo, todos podem usufruir dos seus benefícios (Efésios 2:13).


Não é à toa que a cruz é um sinal positivo: “+”. Ela quer dizer que as nossas dúvidas foram subtraídas: “-“, porque do céu desceu a solução: “l”. Ela é vertical (Tiago 1:17). Assim, temos “-“ mais “l” igual a “+”. A cruz é a subtração dos fardos. Por meio dela Jesus os levou sobre si (Isaías 53:4). Mas, é através dela que Ele nos acrescentou fé e esperança.


O martírio de Cristo simboliza a vitória. A crueldade e o sofrimento pelos quais o Senhor passou foi o preço. Ele pagou o suficiente para comprar. Os gemidos de agonia foram a moeda. O que segurou Cristo naquela cruz não foram os cravos: foi o desejo de trazer-lhe a resposta. Paulo tinha motivos para alegrar-se: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo” (Gálatas 6:14).


A partir de hoje, aconteça o que acontecer,


Não questione,

Não reclame,

Não murmure!

Apenas aceite a solução da cruz.


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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O Preço da Liberdade

“Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens” (I Coríntios 7:23)

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Imagine uma criança indo ao mercado vender um pássaro preso numa gaiola.

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- Pago dois reais pelo bicho! (Berrou o primeiro comprador)

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- Não, obrigado! O pássaro é bom. Espero negócio melhor. (Respondeu o menino)

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Como o negociante desistiu de aumentar a oferta, alegando que havia muitos pássaros para serem vendidos, o menino seguiu pelo caminho. Já no mercado, um comerciante ofereceu três reais. Outro, quatro. Outro, cinco.

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Enquanto insistia que o pássaro valia muito mais que isso, o menino rejeitou vinte reais e voltou para casa.

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No caminho, um peregrino se compadeceu da cena e ofereceu cem reais pelo pássaro. O comprador disse que queria apenas o animal e que aquela prisão poderia ficar com o menino. Mesmo sem entender o interesse daquele desconhecido em oferecer tanto pela mercadoria, o moleque aceitou. O novo dono, imediatamente após pagar pelo bichinho, soltou-o, para espanto do garoto.

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Deus e o Diabo travaram guerra para comprar a humanidade. A sua vida e a minha foram juntamente postas em leilão. Cada comprador começou a ofertar. Satanás prometeu dar prazeres ilimitados, fama, poder e riquezas em troca das vidas. Mas, em contrapartida, deveríamos servir-lhe fielmente dentro de um quadrado de grades. Como as vantagens pareciam imensas, e os custos baixíssimos, fomos vendidos para a escravidão do pecado.

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Insatisfeito com a situação, Jesus resolveu ofertar o maior valor - a sua própria vida. Pelo que diz a Bíblia: “...não foi com coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados..., mas com o precioso sangue de Cristo...” (I Pedro 1:18,19). Dessa forma, fomos transformados em propriedade de Deus: “Não sois de vós mesmos (I Coríntios 6:19b). Isso quer dizer que não somos donos dos nossos próprios narizes. Alguém os comprou por bom preço (I Coríntios 7:23). E não somente eles, mas também todo o corpo: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo de Deus (I Corintios 6:19).

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No livro do Apocalipse, temos indicações de anjos dizendo sobre Jesus: “Porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação” (Apocalipse 5:9).

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O valor do pássaro não era aquele de menor oferta. Mas ele valia muito mais. Na realidade, ele valia o preço pelo qual foi adquirido. Jesus lhe comprou e lhe vestiu numa camisa com a seguinte inscrição: COMPRADO. Você foi vendido para aquele que pagou mais. Ele o comprou e abriu a gaiola. A prisão não deve fazer parte da sua vida. Ela não precisa ser a sua casa.

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Justamente você, que sofreu com as drogas, com os vícios, com as paixões da carne e passou a vida inteira preso nas garras do pecado. Agora estás livre.

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Jesus quer dizer três frases para você: EU TE COMPREI. VOCÊ ME PERTENCE. EU TE DEIXO VOAR!

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A partir desse momento, passo a entender que toda e qualquer oferta de preço torna-se inútil para mim. Estou impossibilitado de negociar a minha própria vida. Se alguém quiser me ter como escravo prisioneiro, negocie direto com meu novo dono!

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